Fogos de artifício causaram mais de 5 mil internações no Brasil em uma década

Por Portal Opinião Pública 05/06/2018 - 17:12 hs
Foto: Shutter Stock

 

Conhecido como o mês das festividades juninas, o sexto mês deste ano além de ganhar um destaque especial com as homenagens a Santo Antônio, São Pedro e São João, também deve contar com o colorido de verde e amarelo que remetem à Copa do Mundo. E o que não vai faltar nas duas festas são comemorações com fogos de artifício.

No entanto, os mesmos explosivos que provocam estouros e belas cenas de luz também podem ser bastante perigosos para a saúde: desde 2008 até 2017, mais de 5 mil pessoas ficaram internadas pelo manuseio inadequado dos fogos de artifício.

A informação vem de um levantamento divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que integra uma série de ações de alerta sobre os riscos de acidentes e queimaduras que podem ocorrer, principalmente, nesta época do ano.

Nos últimos 21 anos, o Brasil registrou 218 mortes por acidentes com os explosivos. A região Sudeste foi a que mais sofreu com o mau uso dos fogos, onde foram notificadas 84 mortes. Em seguida vem o Nordeste, com 75 mortes; 33 no Sul; e 26 no Centro-Oeste e no Norte.

A média é de aproximadamente dez óbitos todos os anos, mas além da fatalidade, a brincadeira também pode provocar queimaduras, lesões com lacerações e cortes, amputações de membros, lesões de córnea ou perda da visão e lesões auditivas.

O levantamento do CFM mostrou que os serviços públicos de saúde registram uma média de 80 internações somente no mês de junho por esses motivos.

Ranking

Entre os estados brasileiros, a Bahia aparece com o maior número de casos em quase todos os anos – ao longo da última década, 20% das internações ocorreram em municípios baianos. Outros destaques incluem São Paulo, com 962 internações (19%), e Minas Gerais, com 701 (14%). Juntas, as três unidades da federação representam mais da metade de todos os casos registrados no período (53%).

Precauções

Em caso de acidente com fogos de artifício, a entidade orienta que as pessoas lavem o ferimento com água corrente, evitem tocar na área queimada e não usem nenhuma substância sobre a lesão – incluindo manteiga, creme dental, clara de ovo e pomadas. É recomendado ainda que se procure o serviço de saúde mais próximo para atendimento médico adequado.